Escolas de samba do Rio descartam desfilar no carnaval de 2021 sem vacina contra Covid-19 - Globofest

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quarta-feira, 15 de julho de 2020

Escolas de samba do Rio descartam desfilar no carnaval de 2021 sem vacina contra Covid-19

Escolas de samba do Rio descartam desfilar no carnaval de 2021 sem vacina contra Covid-19
Foto: Tania Rego / AgĂȘncia Brasil
Diante da pandemia do novo coronavírus, dirigentes de grandes escolas de samba do Rio de Janeiro descartam realizar o desfile no carnaval de 2021 sem que seja desenvolvida uma vacina contra o vírus. segundo informaçÔes do jornal Extra, agremiaçÔes como Mangueira, Imperatriz Leopoldinense, Vila Isabel, Beija-Flor e São Clemente votarão pelo adiamento da festa por tempo indeterminado, em reunião realizada nesta terça-feira (14) na Liga Independente das Escolas de Samba do Rio (Liesa).

“Sem vacina, Ă© inviĂĄvel realizar o carnaval em qualquer data, seja em fevereiro ou junho. Hoje, as decisĂ”es judiciais tĂȘm muita força. HĂĄ o risco de fazermos investimentos altos e, lĂĄ na frente, o contĂĄgio voltar a subir e a Justiça determinar a suspensĂŁo. O carnaval Ă© um evento de aglomeraçÔes, da produção Ă  realização na SapucaĂ­. Como seria? Componentes a dois metros de distĂąncia? Cantando com mĂĄscaras no rosto?”, questionou o presidente da Vila Isabel, Fernando Fernandes, descartando inclusive o adiamento do carnaval, jĂĄ que a festa carioca requer aglomeraçÔes atĂ© para os preparativos.

“Como ficaria a consciĂȘncia de um dirigente caso acontecesse a morte de, por exemplo, 50 componentes que tenham desfilado na sua escola?”, ponderou o presidente da Mangueira, Elias Riche. Ele avalia que o momento pede concentração de esforços em torno do combate Ă  Covid-19 e defende o carnaval para o ano de 2022.

A publicação menciona ainda a ideia do prefeito de Salvador, ACM Neto, de se discutir um calendĂĄrio nacional comum para o carnaval, caso ele realmente ocorra em 2021. “Cada cidade tem o seu tempo na pandemia. No Rio, hoje, por exemplo, hĂĄ uma tendĂȘncia de queda no nĂșmero de casos, enquanto outras cidades ainda nĂŁo chegaram ao pico da doença. Essa mesma discrepĂąncia pode acontecer no ano que vem, numa possĂ­vel segunda onda de contaminação do novo coronavĂ­rus, caso nĂŁo tenhamos uma vacina eficaz”, explica o infectologista e professor da Universidade Iguaçu (Unig), Roberto Falci Garcia, apontando problemas para a implementação de uma agenda comum no Brasil. A Prefeitura do Rio de Janeiro, por sua vez disse, em nota, que a sugestĂŁo de ACM Neto serĂĄ analisada tĂŁo logo chegue. 

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